A ideia de que tudo dentro de uma rede corporativa é automaticamente seguro está se tornando obsoleta e arriscada. Diante das complexidades do ambiente digital atual, é imprescindível que as organizações adotem uma estratégia de segurança mais proativa e resiliente para estabelecer novos padrões de proteção para seus negócios.


O modelo Zero Trust redefine a abordagem para a segurança de dados e sistemas essenciais, integrando tecnologias, políticas e processos, tanto para redes simples quanto para as mais complexas. Ele se torna ainda mais relevante em um cenário marcado pelo crescimento do trabalho remoto e híbrido, pela ascensão do digital e pela adoção de tecnologias emergentes de forma descentralizada em ambientes corporativos, como dispositivos de IoT, Inteligência Artificial e serviços em Nuvem.


Essas mudanças ampliam as superfícies de ataque e aumentam consideravelmente as vulnerabilidades das empresas. Com isso, os modelos tradicionais de segurança, que assumem uma confiança automática em tudo que está dentro do perímetro da rede, já não são adequados e precisam ser constantemente verificados.

 

Zero Trust, nenhum usuário ou dispositivo deve ser confiável – Foto: Freepik

 

O princípio básico de "nunca confie, sempre verifique" coloca o Zero Trust na vanguarda de uma importante evolução na segurança cibernética. Esse modelo, que não faz distinção entre localização, usuário ou dispositivo, deve ser implementado o quanto antes pelas empresas. O Zero Trust vai além de uma simples proteção e consiste em uma arquitetura que verifica continuamente o status e as atividades digitais. Dessa forma, cada tentativa de acesso a dispositivos, usuários ou aplicativos é analisada e confirmada, independentemente de sua origem, garantindo que todas as interações com os dados da empresa sejam tratadas com igual rigor e cuidado para proteger o ambiente contra ameaças.


As soluções de Zero Trust Network Access são essenciais para implantar essa segurança avançada, utilizando tecnologias modernas que mapeiam a rede e os fluxos de dados, permitindo entender como as informações circulam na empresa e quem ou o que precisa de acesso a elas. Com esse modelo, é possível definir quais dispositivos ou usuários terão acesso a determinados recursos ou aplicações na rede, enquanto monitoram continuamente seu comportamento.


Isso assegura que os colaboradores, validados regularmente por ferramentas de autenticação multifator, acessem apenas o que realmente necessitam para executar suas funções, reduzindo riscos desnecessários de exposição de dados e outros ativos importantes. A segmentação de acessos diminui a superfície de ataque dos sistemas e limita as chances de hackers se moverem livremente dentro da rede, caso consigam comprometer parte dela. Além disso, aumenta a visibilidade da rede, permitindo detectar e responder rapidamente a invasões e comportamentos suspeitos, simplificando o gerenciamento da arquitetura de rede e tornando o monitoramento mais eficaz.


A implementação do Zero Trust deve ser cuidadosamente planejada e requer um esforço conjunto entre a equipe de TI e todos os funcionários da empresa. É necessário definir políticas de acesso claras, revisando e atualizando-as regularmente para que estejam alinhadas com as necessidades dos usuários. A comunicação interna é fundamental para o sucesso dessa iniciativa, garantindo que as políticas de segurança sejam bem compreendidas e aplicadas por todos, promovendo uma cultura de segurança na organização. Assim, com uma abordagem robusta e adaptável, é possível minimizar as técnicas de intrusão que visam os colaboradores para atacar os sistemas.


À medida que o mundo se torna cada vez mais conectado, é crucial responder às ameaças emergentes de maneira eficaz. O Zero Trust não é apenas uma moda passageira; é uma estratégia essencial diante do cenário cibernético atual, que é cada vez mais complexo. Ao adotar o modelo Zero Trust, as empresas se preparam para um futuro digital mais seguro e resiliente, protegendo seus ativos e garantindo a integridade de seus negócios.

 

O artigo "Zero Trust: Sua aliada para a cibersegurança moderna" foi escrito por Kelvin Vasques no site Foco Cidade.

Disponível em: https://fococidade.com.br/artigo/65288/zero-trust--sua-aliada-para-a-ciberseguranca-moderna%EF%BF%BD

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