Como se proteger de ataques cibernéticos?

Os ataques cibernéticos envolvem golpes virtuais realizados contra empresas e indivíduos. Como as tecnologias estão cada vez mais presentes na nossa vida, nossas informações circulam no espaço digital, colocando-nos à mercê de criminosos que querem roubar nossas informações. 

Por isso, é essencial conhecer mais sobre esses ataques hacker e saber como se proteger contra eles. Confira a seguir o que fazer para evitar que eles cheguem até você.

Os principais ataques cibernéticos no Brasil

O Brasil tem ganhado destaque negativo na vulnerabilidade aos golpes digitais. Dentre as razões que explicam isso, estão a adesão maior aos serviços bancários por celular, uma baixa alfabetização digital e a sofisticação crescente dos hackers. 

De acordo com relatório da Kaspersky, o país é líder na América Latina entre os golpes financeiros, que envolvem roubo de dinheiro - dentro desta modalidade, é seguido em números pelo México, Peru e Colômbia.  

Aparecem também em grande quantidade por aqui os ataques de malware (instalação de software malicioso sem autorização do usuário), com 1554 tentativas por minuto, e o phishing (golpe que descreve o envio de uma "isca", como um e-mail falso, para que a vítima clique e forneça seus dados).

O relatório da Fortinet, que atua no ramo da segurança, aponta que há um crime em queda, que é o ransonware (tipo de software que "sequestra" dados e extorque a vítima para poder liberá-lo). Contudo, isso não é uma notícia positiva, pois levou a ascensão a crimes mais sofisticados, como o ransomware como serviço (RaaS), um modelo de negócios fornecido por hackers para empresas criminosas e que permite que qualquer um se inscreva e use ferramentas para fazer ataques de ransomware.

As principais tentativas de ataques cibernéticos no Brasil

Veja a seguir quais os ataques mais comuns que os brasileiros estão mais vulneráveis quando estão presentes na internet:

Phishing: O phishing é uma tentativa de ataque que busca roubar dinheiro ou a identidade ao fazer com que a vítima revele informações pessoais, como números de cartão de crédito, informações bancárias ou senhas. Faz isso por meio de uma "isca" (daí vem o termo fishing, pescaria) que é jogada a muita gente na expectativa que alguém "morda".

Skimming: Skimming é um ataque hacker em que os criminosos instalam dispositivos em caixas eletrônicos para clonar cartões e roubar o acesso às contas bancárias das vítimas. O problema é que esse crime está cada vez mais sofisticado, com aparelhos que interceptam dados do cartão e enviam via conexão sem fio para os celulares dos golpistas.

Vishing: O vishing envolve o uso do que se chama de "engenharia social" para poder enganar a vítima. Ou seja, a pessoa é convencida pelo golpista (por meio de uma ligação telefônica, por exemplo, ou um atendimento virtual) para fornecer seus dados aos golpistas, que se tornam cada vez mais sedutores nas suas estratégias.

Roubo de identidade: O roubo de identidade acontece quando um criminoso pega as informações de alguém e se passa por ela para várias coisas, como fazer compras, abrir contas, contratar serviços e persuadir parentes a enviar valores financeiros. Um exemplo é o famoso golpe do sequestro: alguém se passa por um familiar da vítima e diz que está sendo sequestrado, pedindo pelo pagamento do resgate. 

O roubo de identidade é um problema seríssimo no Brasil. Segundo o Indicador de Tentativas de Fraude da Serasa Experian, foram quase 4 milhões de tentativas desse golpe em 2022, indicando uma vítima a cada 9 segundos.

Como não ser vítima de ataques cibernéticos?

O fato é que não há como se blindar totalmente quanto a esse tipo de situação: quem está presente na internet, está sempre propenso a receber um ataque desse tipo. Contudo, para garantir a sua segurança digital, a informação é a chave. É fundamental reconhecer as tentativas de golpes para conseguir escapar delas. Veja a seguir dicas do que fazer.

Proteja suas senhas

Muitas vezes, os golpes chegam até nós por meio de um recurso que nem todo mundo dá a devida atenção: o criminoso simplesmente descobre a senha da vítima e realiza o ataque. Por isso, é crucial levar suas senhas a sério e priorizar formas de protegê-la.  

Uma maneira eficiente de fazer isso é sempre utilizar senhas fortes, com pelo menos 12 caracteres, misturando letras maiúsculas e minúsculas, símbolos e números. Também utilize a autenticação em dois fatores: além de inserir a senha, você precisa também autorizar a entrada nos seus sistemas de outra forma, como pela biometria facial ou por recebimento de um código via SMS.

Desconfie de mensagens e ligações

Aqui entramos na seara da chamada engenharia social: muitos ataques chegam até nós porque os golpistas são muitos persuasivos. Eles enviam e-mail ou fazem ligações dizendo fazer parte de empresas como bancos. Em seguida, solicitam o envio de dados para poder corrigir algum tipo de problema. 

É necessário sempre desconfiar dessa abordagem. Caso esse tipo de contato ocorra, não clique em nada nem envie os seus dados. Entre em contato pelos canais oficiais da empresa e confira a autenticidade antes de fazer qualquer coisa.

Eduque os familiares e funcionários

Além de ficar bem informado sobre as tentativas de ataque, é importantíssimo compartilhar essa consciência com as pessoas em sua volta. Converse sobre este tema com os parentes, especialmente as crianças e os mais velhos, e mantenha-os cientes sobre o que pode ocorrer e como devem proceder nessas abordagens.  

Caso seja dono de uma empresa, mantenha sua equipe treinada e consciente sobre este tema tão importante, para evitar que também sejam vítimas.

Invista em um bom antivírus

Por fim, não descuide de um aspecto super importante: a presença de um bom antivírus nos seus dispositivos. 

O artigo "Como se proteger de ataques cibernéticos?" foi escrito por Maura Martins e publicado pelo Blog TECMUNDO. Disponível em: https://www.tecmundo.com.br/seguranca/280578-proteger-ataques-ciberneticos.htm